Compare DAS (Direct Attached Storage) com armazenamento em rede: desempenho, escalabilidade e cenários de uso para tomar a decisão certa.
Um Direct Attached Storage (DAS) é um sistema de armazenamento digital que se conecta diretamente a um único computador ou servidor, sem usar uma rede. Pense nele como um gabinete externo com múltiplos hard disks, geralmente ligado por cabos USB, Thunderbolt ou SAS. Sua principal característica é a relação exclusiva com a máquina hospedeira, que o enxerga como um disco local. Essa arquitetura simplifica muito a instalação. Quase sempre, basta conectar o cabo e o equipamento está pronto para uso. Vários modelos também suportam arranjos RAID para melhorar o desempenho ou a proteção contra falhas de um dos discos. Ainda assim, o acesso aos dados fica restrito ao computador que controla o dispositivo. Como resultado, um storage DAS é uma escolha popular para expandir a capacidade de uma workstation individual. Ele oferece bastante espaço adicional sem a complexidade de uma configuração de rede, o que agiliza o processo para muitos usuários.
Um sistema DAS opera como uma extensão direta do armazenamento interno do computador. Dentro do seu gabinete, existem um ou mais discos rígidos ou SSDs, gerenciados por uma controladora. Essa controladora se comunica com o computador através de uma interface de alta velocidade, como Thunderbolt 3 ou SAS, que garante a troca rápida de informações. O sistema operacional do host vê o DAS como um ou vários volumes locais. Isso significa que não há necessidade de configurar endereços IP ou permissões de rede. A simplicidade é um dos seus maiores trunfos, pois a experiência é quase idêntica à de usar um HD interno adicional. Frequentemente, o próprio usuário consegue montar e formatar os discos sem ajuda técnica. Porém, essa conexão direta também define sua principal limitação. Apenas o computador fisicamente conectado ao storage acessa os arquivos. Qualquer outra máquina precisa solicitar os dados ao host, que atua como intermediário e cria um gargalo.
A conexão direta com o computador elimina completamente a latência da rede. Por isso, as taxas de transferência de um Direct Attached Storage são bastante altas, o que torna a tecnologia ideal para tarefas que exigem muito desempenho. A comunicação entre o host e os discos acontece sem intermediários, o que acelera o acesso aos arquivos. Editores de vídeo, por exemplo, usam esses sistemas para manipular arquivos em 4K ou 8K sem qualquer atraso. A alta largura de banda das interfaces como Thunderbolt também sustenta múltiplos fluxos de vídeo simultâneos. Esse desempenho bruto melhora muito a produtividade em projetos complexos. No entanto, essa velocidade impressionante fica restrita a um único usuário. Mesmo que o desempenho seja excelente, a falta de compartilhamento nativo dificulta o fluxo de trabalho em equipes, onde várias pessoas precisam acessar os mesmos arquivos do projeto.
Os sistemas DAS são frequentemente encontrados em ambientes que demandam alta velocidade para um único posto de trabalho. Estúdios de pós-produção de vídeo e áudio, por exemplo, se beneficiam muito da baixa latência para edição de material bruto. Nessas situações, a velocidade de acesso aos dados é mais importante que o compartilhamento. Outra aplicação comum é o backup local de servidores. Muitas empresas conectam um storage DAS a um servidor para realizar cópias de segurança rápidas e volumosas. Embora essa abordagem não proteja contra desastres locais como incêndios, ela ainda garante uma recuperação veloz em caso de falha do sistema principal. Cientistas e pesquisadores que coletam grandes volumes de dados em campo também utilizam esses equipamentos. A portabilidade de alguns modelos e a simplicidade na configuração facilitam o trabalho fora do laboratório, onde uma infraestrutura de rede talvez não esteja disponível.
O principal desafio de um storage DAS é a sua incapacidade nativa para compartilhar arquivos em rede. Como o dispositivo se conecta a um único host, outros usuários não conseguem acessar os dados diretamente. Essa arquitetura centralizada em uma única máquina cria silos de informação e dificulta o trabalho em equipe. Para que um colega acesse um arquivo armazenado no DAS, é preciso que o computador host compartilhe a pasta através do seu sistema operacional. Esse processo transforma o computador em um servidor improvisado, o que consome seus recursos de processamento e quase sempre degrada o desempenho para o usuário principal. Essa dependência do host também significa que, se o computador for desligado ou reiniciado, o acesso aos arquivos é interrompido para todos. Portanto, a colaboração se torna ineficiente e bastante frágil.
A arquitetura de um Direct Attached Storage introduz um ponto único de falha crítico. Todo o acesso aos dados depende exclusivamente do computador hospedeiro. Se esse computador apresentar um problema de hardware ou software, o acesso ao storage é imediatamente perdido, mesmo que o equipamento de armazenamento esteja funcionando perfeitamente. Embora muitos sistemas DAS ofereçam arranjos RAID para proteger os dados contra a falha de um disco, essa proteção não se estende ao host. Uma falha na placa-mãe, na fonte de alimentação ou uma corrupção no sistema operacional do computador pode deixar um volume imenso de dados importantes inacessível por horas ou até dias. Esse risco é particularmente perigoso em ambientes de trabalho. A paralisação de um projeto por causa da falha de uma única máquina gera prejuízos e atrasos significativos, algo que muitas empresas simplesmente não podem arcar.
Quando uma empresa cresce e vários funcionários precisam de mais espaço, a estratégia de adotar um DAS para cada um rapidamente se torna um pesadelo administrativo. Gerenciar dezenas de dispositivos de armazenamento de forma descentralizada é ineficiente e muito caro. Cada unidade exige monitoramento, backup e manutenção individuais. A falta de uma visão centralizada sobre o uso do espaço também dificulta o planejamento da capacidade. Um departamento pode ficar sem espaço enquanto outro tem discos sobrando, mas não há uma maneira fácil de redistribuir esses recursos. Além disso, a política de backup se torna complexa, pois cada usuário é responsável por sua própria cópia de segurança. Essa fragmentação dos dados aumenta o risco de perda de informações e dificulta a conformidade com políticas de segurança. Manter o controle sobre tantos dispositivos espalhados é uma tarefa que raramente compensa o aparente baixo custo inicial.
A escalabilidade de um sistema DAS é bastante limitada. A expansão da capacidade geralmente se restringe ao número de baias disponíveis no gabinete. Uma vez que todas as baias estão ocupadas, a única maneira de obter mais espaço é comprar uma unidade de expansão compatível ou um novo storage completo. Adicionar mais capacidade, no entanto, não cria um pool de armazenamento unificado. O novo volume de discos quase sempre aparece como um drive separado no sistema operacional. Isso força o usuário a gerenciar múltiplos volumes, movendo arquivos manualmente entre eles para equilibrar o uso do espaço. Essa abordagem de crescimento, conhecida como scale-up, é muito menos flexível que as alternativas de rede. Em um ambiente dinâmico, onde as necessidades de armazenamento mudam constantemente, a rigidez de um DAS pode se transformar em um grande obstáculo para a continuidade das operações.
A escolha entre DAS, NAS (Network Attached Storage) e SAN (Storage Area Network) depende totalmente da necessidade do projeto. Um DAS é imbatível em simplicidade e velocidade para um único usuário, sendo a opção ideal para quem precisa de desempenho máximo em uma workstation isolada. Um NAS, por outro lado, é um servidor de arquivos conectado à rede, projetado para o compartilhamento de dados. Ele centraliza o armazenamento e permite que múltiplos usuários acessem e colaborem nos mesmos arquivos simultaneamente. É a solução mais comum para pequenas e médias empresas, além de usuários domésticos que precisam de um repositório central. Já uma SAN é uma rede dedicada de alta velocidade que conecta servidores a dispositivos de armazenamento em bloco. É uma tecnologia mais complexa e cara, geralmente usada em grandes datacenters para aplicações críticas como bancos de dados e virtualização. Cada tecnologia, portanto, resolve um tipo diferente de problema.
Para a maioria dos cenários que exigem compartilhamento de dados, um servidor NAS QNAP supera as limitações de um DAS. Ao conectar o armazenamento diretamente à rede, ele democratiza o acesso aos arquivos e cria um ponto central para colaboração. Vários usuários podem trabalhar nos mesmos documentos ao mesmo tempo, o que melhora a eficiência. Além do compartilhamento, um storage de rede moderno também oferece uma camada robusta de serviços adicionais. Recursos como snapshots, que protegem contra ransomware, backup automático para múltiplos dispositivos e acesso remoto seguro são funcionalidades padrão. Essas ferramentas raramente estão disponíveis em um sistema de conexão direta. Com interfaces de rede cada vez mais rápidas, como 2.5GbE e 10GbE, a diferença de desempenho para muitas tarefas se tornou mínima. Assim, para ambientes que buscam colaboração, segurança e gerenciamento centralizado, um NAS QNAP é a resposta mais completa e escalável.